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julho 05, 2011
05 DE JULHO - REVOLUÇÃO DOS 18 DO FORTE DE COPACABANA
OS 18 DO FORTE
O aprimoramento profissional da oficialidade do Exército, decorrente do surto de modernização que empolgou a Força Terrestre pós-Império, gerou, como subproduto, a politização das classes armadas, em especial a dos jovens oficiais.
Começou a se corporificar no seio dos tenentes e capitães consciência revolucionária resistente à utilização do Exército como massa de manobra dos velhos políticos da “República do Café com Leite”.
A vitória contumaz do candidato situacionista, fruto da "eleição a bico de pena" e dos "currais eleitorais" - o voto não era secreto - envolvia os pleitos em aura de suspeição, abalando, em muito, a credibilidade e a representatividade dos eleitos.
A oposição ao Presidente Epitácio Pessoa recrudescera em virtude da punição aplicada ao Marechal Hermes da Fonseca: ex-presidente da República, ex-Ministro da Guerra e presidente do Clube Militar.
O fechamento deste pelo Governo, aliado ao célebre episódio das “Cartas Falsas” - que teriam sido escritas pelo canditado à presidência Arthur Bernardes e endereçadas ao político mineiro e Ministro da Marinha, Dr. Raul Soares - publicadas na imprensa, desgastou a classe política perante o Exército e fez transbordar o copo da paciência tenentista.
Em 5 de julho de 1922, irrompe a Revolução. Não obstante a intensa articulação, o levante restringe-se às guarnições do Rio de Janeiro e de Mato Grosso.
No então Distrito Federal, os alunos da Escola Militar do Realengo seriam fácil e rapidamente derrotados pelas tropas aquarteladas na Vila Militar.
Mas foi no Forte de Copacabana que a Revolução expôs sua natureza mística: na madrugada de 5 de julho, eclodiu uma rebelião de jovens oficiais, que, sob o comando do Capitão Euclides Hermes da Fonseca, dominou o Forte, enfrentando resistência das forças legalistas.
O combate continuou na rua e os 17 militares que saíram do Forte receberam o apoio do civil Octávio Corrêa. Cada um com um pedaço da Bandeira Nacional junto ao coração, marcharam de peito aberto para enfrentar as forças legalistas.
A luta foi desigual e terminou com a morte de praticamente todos os revoltosos.
Como resultado, foi decretado estado de sítio no país, mantido durante quase todo o governo Epitácio Pessoa.
Esse gesto representou o supremo sacrifício de um punhado de jovens pelo mais puro ideal de regeneração da Pátria.
Entre os “Dezoito do Forte” estavam os Tenentes Antônio de Siqueira Campos e Eduardo Gomes que sobreviveram à imolação de seus companheiros.
O episódio dos "Dezoito do Forte" eterniza o movimento tenentista brasileiro.
“Os dezoito do forte”
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