Doença que é comum nesta época do ano e acomete adultos e crianças pode ser evitada.
É importante a prevenção para não provocar uma epidemia
Vermelhidão e sensação de desconforto nos olhos.
Esses são só alguns dos sintomas da conjuntivite, que é uma inflamação da fina camada que recobre a parte branca do olho.
A doença, que acomete crianças e adultos, fica mais favorável nessa época do ano por conta do calor e do tempo seco também poder ser adquirida pela longa permanência de pessoas em lugares fechados.
Segundo o Ministério da Saúde, não há um número oficial de casos por ano no país, já que a doença não é de notificação obrigatória.
Mas é importante ficar atento, porque se não for prevenida pode provocar uma epidemia.
De acordo com a coordenadora de Vigilância em Saúde da Fundação Municipal de Saúde, Ana Eppinghaus, a conjuntivite se manifesta por diversas causas.
“Essa inflamação pode ter origem na infecção por microorganismos (vírus, fungos e bactérias), alergias, traumas e irritações provocadas pela poluição ou por produtos, como o cloro das piscinas.
Quando ela é provocada por microorganismos, a doença é transmitida de uma pessoa para outra”, informa.
A coordenadora explica ainda que a conjuntivite pode ocorrer em um ou nos dois olhos do paciente.
“Se o agente causador é uma bactéria, a inflamação ataca simultaneamente os dois olhos.
Quando a origem da conjuntivite está num vírus, a doença geralmente atinge um olho, para depois passar para o outro”, aponta.
De acordo com Ivan Shumann, clínico geral do Hospital de Clínicas de Niterói, existem três tipos de conjuntivite.
“Em todos os tipos, o olho afetado fica vermelho, porém o que vai diferenciar um tipo ou outro são os sintomas.
Na viral há uma sensação de areia e forte lacrimejamento. Ainda podem ocorrer febre baixa e dor de garganta associados.
Na bacteriana a secreção e o inchaço são mais frequentes.
Na conjuntivite de origem alérgica, ocorre uma coceira intensa e muito inchaço, já o vermelhidão e o lacrimejamento são pouco intensos”, explica.
Objetos de uso comum, como telefone, controle remoto, sabonete e toalhas aumentam as chances de avanço do vírus ou da bactéria.
Ainda segundo o médico, as mãos são os principais locais onde geralmente ocorrem a transmissão.
“Além disso, as gotículas mínimas de saliva em suspensão no ar, toalhas e lenços contaminados podem transmitir a doença”, aponta.
A oftalmologista da Clínica de Olhos Aderbal Alves, Vanessa Azevedo, diz que a doença pode durar de cinco a dez dias, o que vai depender de cada caso.
“Quando existe alguma complicação esse período pode se estender devendo sempre ser acompanhada por um profissional”, analisa.
Ivan Shumann lembra que casos de conjuntivites em bebês recém-nascidos são comuns.
“Os bebês que acabam de nascer adquirem a conjuntivite durante a passagem pelo canal do parto contaminado”, afirma.
Combate – Para o tratamento, os especialistas recomendam um cuidado mais intenso com a higiene pessoal, compressas, álcool em gel, lenços de papel e toalhas e roupas de cama individuais.
Lavar as mãos com frequência também ajuda.
Também é indicado o uso de óculos escuros para proteger os olhos, já que nesse período eles estão sensíveis à exposição da luz.
Além disso, é indicado o isolamento temporário do contato social.
“Só o oftalmologista tem competência para diagnosticar e, portanto, o tratamento depende do tipo.
Varia desde o simples usar de lágrimas artificiais até antibióticos, anti-inflamatórios e corticóides”, argumenta o chefe do serviço de oftalmologia do Hospital São Vicente de Paulo
O clínico geral do Hospital de Clínicas Mário Lioni, Claudio Neves, ressalta a importância do tratamento adequado.
“No caso da conjuntivite bacteriana, o uso do colírio com antibiótico faz parte do tratamento para que a doença não se agrave.
Vale ressaltar que é muito importante manter um cuidado rigoroso com a higiene ocular”, reforça.
@ Lislaine Rottas - O FLUMINENSE
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