HERÓIS ANÔNIMOS ESPECIALISTAS EM SITUAÇÕES DE RISCO
Três meses de exercícios árduos, simulações de resgates nas mais adversas condições e experiências reais colocando à prova os ensinamentos técnicos e teóricos. O Corpo de Bombeiros investiu na formação de 35 oficiais e praças, formou sua primeira tropa de elite, capaz de trabalhar nos mais perigosos e arriscados salvamentos em situações de caos urbano. Com o treinamento, a corporação passa a utilizar protocolos internacionais de segurança, usados por forças que se tornaram referência pela excelência do trabalho, garantindo maior eficiência tanto para a população quanto para o próprio oficial.
A especialização em salvamentos em desastres foi possível devido a um intercâmbio com o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, que disponibilizou sete militares para a realização do curso. Na sede da Secretaria de Defesa Civil, na Barra da Tijuca, foram montadas diversas simulações para o resgate de pessoas soterradas ou presas em escombros. Foram também realizados testes em cidades como Lumiar, para a prática de salvamentos em enchentes ou inundações com forte correnteza. Em março, durante o período de fortes chuvas que afetaram as cidades da Região Serrana, os alunos foram enviados para ajudar no salvamento de soterrados e o treinamento já deu resultados, segundo o tenente Rodolfo, um dos instrutores do curso.
– Fizemos simulações em estruturas colapsadas, soterramentos e enchentes e inundações. Os alunos foram deslocados para a Região Serrana, usando tudo aquilo que já havia sido aprendido tanto na parte teórica quando na prática. A utilização dos protocolos internacionais mostrou-se extremamente eficaz na primeira oportunidade prática em que a corporação foi posta à prova. Uma operação prevista para durar cerca de um mês foi completada com sucesso em apenas uma semana – afirma o tenente.
A utilização de protocolos internacionais visa a padronização dos procedimentos adotados pelos bombeiros em uma operação. Isso faz com que todos os oficiais usem uma única linguagem técnica, obedeçam à sinalização e comandos como apitos ou chamados por sobreviventes da mesma forma e estipulem quais ferramentas e aparelhos são necessários para cada função desempenhada na busca. Para o soldado Milton, um dos alunos da turma, o curso proporciona mais segurança para o próprio bombeiro, o que traz mais eficácia no serviço prestado à população.
– Já trabalhei em outras operações do mesmo estilo, e acho que por ter montado um time de resposta treinado para cuidar de uma situação de extremo risco, tivemos uma sintonia muito grande. Isso tudo ajuda no nosso trabalho e faz valer a pena o investimento na nossa formação, porque melhora muito o atendimento à população e nos deixa mais seguros para trabalhar – conclui o soldado.
Foto: Gilvan de Souza
Fonte:http://
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