janeiro 07, 2014

SECRETARIA NACIONAL DA DEFESA CIVIL

Órgão é responsável por coordenar as ações de proteção e defesa civil em todo o território nacional.


A presidenta Dilma Rousseff indicou o chefe de Logística do Ministério da Defesa (MD), general Adriano Pereira Júnior, para assumir a Secretaria Nacional de Defesa Civil (SEDEC).
 Militar experiente, o general Adriano foi comandante Militar do Leste (CML) entre maio de 2010 e agosto de 2012, período em que se destacou na pacificação do Complexo do Alemão e na Conferência das Nações Unidas para a Sustentabilidade, a Rio+20.
A nomeação do general consta no Diário Oficial desta quinta-feira (17). A partir de agora, o militar pode assumir o novo cargo a qualquer momento. Inicialmente, ele entra na condição de agregado do Exército, porque ainda continuará na ativa da Força. Depois de março de 2014, Adriano entrará para a reserva e permanecerá no cargo de secretário como servidor civil.
A SEDEC está sob o guarda-chuva do Ministério da Integração Nacional. Para o general, a facilidade para lidar com o setor civil possibilitou que ele agisse como interlocutor militar junto a prefeitos e governadores, entre outros, quando comandou lugares em que representava a autoridade militar máxima. "Vou atuar numa área em que gosto de trabalhar e sempre estive envolvido, que é o planejamento logístico", disse ele sobre a nomeação.
Ao longo da carreira no Exército, Adriano Pereira Júnior participou de ações que tiveram por objetivo melhorar o cotidiano da população e amenizar o sofrimento de comunidades. É o caso do papel que assumiu durante as enchentes que assolaram as cidades fluminenses de Petrópolis e Nova Friburgo, em 2011. "Fui coordenador do emprego militar no socorro às vítimas do desastre", lembrou.
Sobre a nova responsabilidade, o general disse ter noção do espectro de atividades a cargo da Defesa Civil. "Não é só cuidar de desastres naturais. A SEDEC é o órgão que coordena, por exemplo, toda a distribuição de água para as regiões de seca no Nordeste". E completou: "É um desafio gerenciar a Defesa Civil em um território do tamanho do Brasil. Nos últimos anos, o setor passou por evolução em sua estrutura e eu pretendo dar continuidade a isso".
A Secretaria
De acordo com o sítio eletrônico da SEDEC, a proteção e defesa civil no Brasil estão organizadas sob a forma de sistema, denominado de Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil (SINPDEC), composto por vários setores.
A Secretaria de Defesa Civil é o órgão central desse sistema, responsável por coordenar as ações de proteção e defesa civil em todo o território nacional. Essas atividades têm o objetivo de reduzir os riscos de desastre e compreendem ações de prevenção, mitigação, preparação, resposta e recuperação, e se dão de forma multissetorial e nos três níveis de governo federal, estadual e municipal – com ampla atuação da comunidade.
O Ministério da Defesa tem participação nas áreas de logística da secretaria, como por exemplo, a distribuição de água por meio de carros-pipa em municípios da região Nordeste do país. Ou mesmo em apoio às cidades que sofreram desastres naturais, como os causados pelas chuvas.
Trajetória profissional
Natural de Rio Grande (RS), o general Adriano nasceu em 29 de maio de 1948. Ele iniciou a carreira militar em 1968, ao ser matriculado na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), em Resende (RJ), sendo declarado aspirante-a-oficial da Arma de Cavalaria em 1971.
Durante seus 45 anos de carreira, realizou os cursos de Manutenção de Viaturas; de Aperfeiçoamento de Oficiais; de Altos Estudos Militares e de Política e Estratégia e Alta Administração do Exército.
Em seu currículo, diz que, como oficial superior, desempenhou os seguintes cargos: oficial de Operações da 12ª Brigada de Infantaria Motorizada, em Caçapava (SP); subcomandante da Escola de Sargentos das Armas, em Três Corações (MG); e oficial de Gabinete do Ministro do Exército, em Brasília (DF).
Foi também assessor especial do interventor da Polícia Militar de Alagoas; chefe do Estado-Maior da 1ª Divisão de Exército, no Rio de Janeiro (RJ); comandante do 8º Esquadrão de Cavalaria Mecanizado, no posto de major; e comandante do 12º Regimento de Cavalaria Mecanizado, como coronel, em Jaguarão (RS).
Já no exterior exerceu os cargos de subcomandante do Grupo de Observadores Militares da Organização das Nações Unidas, na Guatemala, e de adido Naval e do Exército na República do Equador.
Foi promovido a general-de-brigada em 2002; a general-de-divisão em 2006; e a general de exército em março de 2010. Como oficial-general, exerceu os cargos de: comandante da 2ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, em Uruguaiana (RS); diretor de Manutenção no Departamento Logístico, em Brasília (DF); comandante da 3ª Divisão de Exército, em Santa Maria (RS); diretor do Departamento de Mobilização do Ministério da Defesa; e comandante Militar do Leste, no Rio de Janeiro (RJ).

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