CAMPOS DOS GOYTAGAZES
182 ANOS
De acordo como o IBGE, possui uma população de 483.970 habitantes, é a maior cidade do interior do estado e o município com a maior extensão territorial do estado, ocupando uma área de 4 826,696.
Em Campos, se localizam importantes universidades públicas e privadas do estado do Rio de Janeiro.
Segundo o IBGE Campos é a não-capital mais importante para a economia do país e que também tem o segundo maior PIB industrial do Brasil.
Campos e sua região eram originalmente habitadas pelo índios goitacás.
Após o fracasso da capitania de São Tomé, a grande baixada foi atacada pela tribo goitacá.
Durante o século XVII, diversas tentativas de ocupação da planície foram feitas, entretanto, todos que entravam em confronto com os índios eram dizimados.
Somente com a chegada dos jesuítas e beneditos na região, e da pacificação juntos aos índios, é que as terras passaram a ser conhecidas pelos colonizadores e senhores de engenhos.
A colonização de fato só se iniciou a partir de 1627, quando o governador, Martim Corrêa, em reconhecimento devido ao heroísmo nas lutas contras os índios, doou algumas porções de terra da Capitania aos sete capitães, que em 1633, construíram currais para o gado, próximos da Lagoa Feia e da ponta de São Tomé.
Os novos colonizadores pretendiam desenvolver a criação de gado na região, com o objetivo de aproveitá-los no trabalhos dos engenhos.
Na enseada da Guanabara, não havia áreas para criação dos mesmos, pois estava ocupada com a cana-de-açúcar. Desde então, começou a verdadeira ocupação da cidade de Campos.
Os capitães, que moravam em seus engenhos no Rio de Janeiro e Cabo Frio, arrendaram quinhões de suas sesmarias, contribuindo assim para o crescimento da população.
A criação do gado se multiplicou de forma assombrosa, tal como a diversificação de atividades.
Canaviais começaram a aparecer nas regiões mais elevadas da planície e a política, até então estável, é quebrada com a chegada de latifundiários poderosos, entre eles o Salvador Corrêa de Sá e Benevides, este último, abusando do poder e da posição (pois era o governador do estado na época), estabeleceu parcerias com os religiosos, se beneficiavam na partilha da planície.
Começava então, as lutas pelas terras.
De um lado, herdeiros dos capitães, pioneiros, colonos, campeiros e vaquejadores;
De outro, os Assecas, herdeiros de Salvador de Sá.
Durante aproximadamente 100 anos, a Capitania viveu em conflitos pela posse das terras, a Coroa chegou a retomar a terra várias vezes, mas devido às crises vividas pela mesma, voltou para as mãos dos Assecas.
Somente em 1752, com a compra da Capitania e a contribuição pecuniária da própria população, é que a região foi finalmente pacificada
No decorrer do domínio dos Assecas, a pequena propriedade predominava, mas também condicionada pelo meio natural, devido à inexistência de áreas contínuas de grande extensão, já que haviam inúmeras lagoas.
A partir do domínio da cana-de-açúcar, a região passou por um período de recuperação, mas continuava isolada da capital.
No início doa anos 1800, toda a planície encontrava-se ocupada e partilhada, mas ainda restavam quatro latifúndios: Colégio dos Jesuítas e São Bento (correspondentes à cidade de Campos e seu entorno), Quiçamã, além da fazenda dos Assecas, onde surgiu o povoado da barra seca (atual município de São Francisco de Itabapoana).
No ano de 1833 foi criada a Comarca de Campos e em 28 de março de 1835, a Vila de São Salvador é elevada à categoria de cidade, com o nome de Campos dos Goytacazes.
A pecuária e o cultivo da cana-de-açúcar se estendeu pela planície, entre o Rio Paraíba do Sul e a Lagoa Feia.
Em 1875, a cidade tinha 245 engenhos de açúcar, com 3610 fazendeiros estabelecidos na região.
A primeira usina foi construída em 1879, com o nome de Usina Central do Limão, pertencente ao Dr. João José Nunes de Carvalho.
Devido à sua importância, Campos recebeu a visita de D. Pedro II quatro vezes.
A primeira, sendo em 1883, onde o Imperador inaugurou a luz elétrica, passando assim a ser a primeira cidade da América do Sul a ter este artifício.
Durante toda a república, a economia regional viveu períodos de altos e baixos em função do preço do açúcar internacionalmente, mas sempre mantendo sua importância no mercado na economia estadual e nacional.
Ao final dos anos 80, os municípios de Campos, Macaé e Conceição de Macabu, tinham uma agro-indústria açucareira expressiva.
A ascensão de São Paulo como maior produtor nacional, seus altos níveis de produtividade, além da expansão da área cultivada no Nordeste do país, aliados à falta de modernização do complexo campista, fizeram com que a região passasse a ser coadjuvante no contexto nacional.
O endividamento de algumas usinas, obrigou muitas delas a se fecharem, atingido consequentemente a economia da região Norte Fluminense.
A descoberta da petróleo na bacia de Campos nos anos 70 e a construção do Superporto do Açu tem contribuído para a recuperação da região nos dias de hoje.
Campos nasceu com o tamanho de toda região norte e noroeste fluminense, exceto São João da Barra.
O município na época fazia divisa com Nova Friburgo, Cantagalo, Cabo Frio e com estado de Minas Gerais, mas com a emancipação da cidade de Itaperuna,perdeu metade do seu território.
A partir da década de 1980, Campos perdeu quatro de seus antigos distritos, que atualmente formam o municípios de Italva e Cardoso Moreira.
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