agosto 15, 2016

DIA DE N.S.DA GLORIA - IMPERIAL IRMANDADE DE N.S.DA GLORIA DO OUTEIRO



                                      IGREJA N.S. GLORIA DO OUTEIRO 



                                                        D.PEDRO II

Imperial Irmandade de Nossa Senhora da Glória do Outeiro

A devoção a Nossa Senhora da Glória surgiu no início do século XVII, alguns anos após a fundação da cidade, quando no ano de 1608, um certo Ayres colocou uma pequena imagem da Virgem numa gruta natural existente no morro.


Mas as origens históricas remontam a 1671.


O ermitão Antonio Caminha, natural do Aveiro, esculpiu a imagem da Virgem em madeira e ergueu uma pequena ermida no "Morro do Leripe", onde já existia a gruta, formando-se em torno um círculo de devotos.


Diz a lenda que para presentear o rei D. João V, Caminha fez uma réplica da imagem embarcando-a para Portugal.


O navio que a transportava naufragou e as ondas a levaram para uma praia na cidade de Lagos, no Algarve. Aí frades capuchinhos a recolheram, levando-a para o convento onde é cultuada até os dias atuais, na Igreja de São Sebastião.


O Outeiro da Glória, outrora chamada "Morro do Leripe" ou "Uruçumirim", apresentava-se abrupto sobre o mar e era o local, descrito por Mem de Sá, onde se encontrava a "fortaleza de biroaçumirim...com muitos franceses e artilharia."


Conquistado pelos portugueses em 20 de janeiro de 1567, sob o comando do fundador da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, Estácio de Sá, é local dos mais importantes na historiografia carioca.


Primeiro, porque foi aí com a vitória dos portugueses, que se firmou o domínio luso na cidade; depois, porque foi deste solo que saiu ferido mortalmente seu fundador.


As terras com o nome de Chácara do Oriente, compreendendo o Outeiro, pertenciam a Cláudio Gurgel do Amaral e foram doadas à Nossa Senhora em escritura pública de 20 de junho de 1699, com a condição de ser edificada uma capela permanente, e que nela fossem sepultados o doador e seus descendentes.


Pelo contexto da escritura depreende-se que em 1699 já havia uma Irmandade para cultuar Nossa Senhora da Glória, confraria que segundo o "Santuário Mariano" possuía, em 1714, "quantidade de dinheiro para dar princípio a uma nova e grande igreja de pedra e cal, porque a primeira que se fez foi de madeira e barro."


Chegada da família Real portuguesa


A Irmandade de Nossa Senhora da Glória foi canonicamente instituída a 10 de outubro de 1739, ano em que se concluiu a construção do templo, por ato provisional do Bispo do Rio de Janeiro, Frei Antonio de Guadalupe, em resposta a uma petição dos Irmãos.


A Igreja ganhou enorme prestígio quando da chegada da Corte Portuguesa, em 1808.


A família Real tinha especial predileção por ela.


Em 1819 a princesa Maria da Glória foi trazida por seu avô, D. João VI, para a cerimônia da consagração.


A partir de então todos os membros da família Bragança, nascidos no Brasil, são consagrados na Igreja.


A 27 de dezembro de 1849 D. Pedro II outorgou o título de "Imperial" à Irmandade.


Após esta data todos seus descendentes nascidos no Brasil são membros da mesma. 


O advento da República respeitou esta outorga.


Durante o governo de Getúlio Vargas foi declarada "Monumento Nacional", e como tal tombada pelo Decreto-Lei de 25 de abril de 1937, que preserva os bens de valor artístico e histórico.


O tombamento ocorreu a 17 de março de 1938, inscrito no Livro Tombo do Ministério de Educação e assinado por Rodrigo de Mello Franco de Andrade.


A 1° de novembro de 1950 o Papa Pio XII conferiu à Igreja da Glória o título de "Basílica Nacional da Assunção".


@IRMANDADE DO OUTEIRO

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