julho 05, 2016

REVOLTA DOS 18 DOS FORTES DE COPACABANA




A Revolta dos 18 do Forte de Copacabana ocorreu em 5 de Julho de 1922, na cidade do Rio de Janeiro, então capital do Brasil.
Foi a primeira revolta do movimento tenentista, no contexto da República Velha brasileira.  
Foi feita por 17 militares e 1 civil que reivindicavam o fim das oligarquias do poder.
A Revolta do Forte de Copacabana, também conhecida como Revolta dos dezoito do Forte, foi a primeira do Movimento Tenentista durante a República Velha. 
O levante ocorrido em julho de 1922, na cidade do Rio de Janeiro, capital federal na ocasião, teve como motivação buscar a queda da República Velha, cujas características oligárquicas atreladas ao latifúndio e ao poderio dos fazendeiros, se opunham ao ideal democrático vislumbrado por setores das forças armadas, em especial de baixa patente como tenentes, sargentos, cabos e soldados.
O evento considerado o estopim para a revolta teve origem na disputa eleitoral de 1921 para o cargo de presidente da república.
Durante o período, cartas ofensivas ao Exército e ao Marechal Hermes da Fonseca, supostamente assinadas pelo candidato Arthur Bernardes — representante do sistema oligárquico que dominava o país e concentrava o poder nos estados de Minas Gerais e São Paulo, a chamada de política café-com-leite —, tornaram-se públicas.
A Revolta dos Dezoito do Forte e o movimento Tenentista, que eram numa primeira leitura ligados às forças armadas, representavam também a insatisfação de outros estados como Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Pernambuco e Bahia com a divisão política existente. 
Para concorrer contra Bernardes foi lançada a candidatura do fluminense Nilo Peçanha
Outro episódio que contribuiu para a insatisfação contra Bernardes foi a prisão do Marechal Hermes da Fonseca, então Presidente do Clube Militar. 
Detentor da maquina pública, Bernardes venceu com 56% dos votos válidos.
O descontentamento entre os militares era crescente. 
Diversas unidades do Rio de Janeiro se organizaram para realizar um levante no dia 5 de julho de 1922 contra o presidente em exercício Epitácio Pessoa (mais um representante da oligarquia que dominava o país) e Arthur Bernardes que assumiria o cargo em novembro.
No entanto, apenas o Forte de Copacabana, sob comando do Capitão Euclides Hermes da Fonseca, e a Escola Militar se revoltaram, e foram, dessa forma, facilmente combatidos.
Apesar da posição contrária à política café-com-leite, os militares de alta patente acabaram por não aderir ao movimento. 
A informação chegara até o governo que tratou de trocar os principais comandos militares da capital.
Durante toda a manhã do dia 05, o forte sofreu bombardeio da Fortaleza de Santa Cruz, mas os 301 revolucionários (oficiais e civis) mantiveram-se firmes até que Euclides Hermes e o tenente Siqueira Campos sugeriram que desistissem da luta aqueles que quisessem: apenas 29 decidiram continuar. Para tentar uma negociação, o Capitão Euclides Hermes saiu da fortaleza, mas acabou preso. 
Os 28 restantes continuaram resistindo. 
Repartiram a bandeira em 28 pedaços e marcharam pela Avenida Atlântica em direção ao Leme.
 Dez abandonaram o grupo durante o tiroteio. 
Os 18 que se mantiveram em marcha foram finalmente derrotados em frente à Rua Barroso (atual Siqueira Campos), na altura do Posto 3 de Copacabana.
 Apenas Siqueira Campos e Eduardo Gomes sobreviveram. 
O episódio, mesmo que não bem sucedido, tornou-se um exemplo para militares e civis no país, dando origem a outras revoltas tenentistas como a Coluna Prestes, a Revolta Paulista e a Comuna de Manaus.
Morreram em combate entre oficiais e praças 12 pessoas no dia 05 e mais duas no dia seguinte num total de 14 mortos.
Nomes de alguns dos militares conhecidos.
- Altino Gomes da Silva, praça ferido em combate.
 Sobreviveu vindo a falecer em 1999 com 92 anos em Paquetá
- Barbosa Lima, Capitão
- Hipólito José dos Santos, praça morto ainda na noite do dia 05
- Newton Prado, Tenente. Faleceu no dia seguinte diante do Presidente.

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